No mundo universitário, a aprendizagem e a docência, somente "serão significativas se forem sustentadas por uma permanente atividade de construção do conhecimento". Igualmente, o aluno e o professor necessitam de pesquisa para bem remar um ensino eficaz.
Porém, igualmente, tal qual o caso do aprendiz, "não se trata de transformar o professor no pesquisador especializado, como se fosse membro de uma equipe de um instituto de pesquisa, mas de praticar a docência mediante uma postura investigativa".
"Tudo aquilo de que ele vai se utilizar para a condução do processo pedagógico deve derivar de uma contínua atividade de busca".
Tal premissa se origina de duas fusões. Antes, "quem lida com processos e produtos do conhecimento precisa ficar em permanente situação de estudo, pois o conhecimento é uma atividade histórica, que se encontra em contínuo dever, e o mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; mas além disso, impõe-se a postura investigativa porque o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são consequências de processos de produção destes, processo que precisa ser refeito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação pedagógica de aprendizagem".
Severino, adiante, também expõe:
"São dois os motivos pelos quais o professor precisa manter-se envolvido com a pesquisa: primeiro, para acompanhar o desenvolvimento histórico do conhecimento; segundo, porque o conhecimento só se realiza como construção de objetos".
Planejando o Ensino
Da mesma forma, Severino sintetiza:
"A programação da disciplina deve conter os seguintes elementos: justificativa, objetivos, conteúdos temáticos, metodologia de trabalho, avaliação, leituras complementares e cronograma".
Isto é, por exemplo:
1) Justificativa;
2) Objetivos;
3) Conteúdos Temáticos;
4) Metodologia de Trabalho;
5) Avaliação;
6) Leituras Complementares;
7) Cronograma.
Envolvendo o Aluno
No mundo acadêmico, não é aconselhável lecionar aulas apenas expositivas. É preciso também efetuar atividades práticas, por exemplo, seminários, exercícios práticos e pesquisas sobre determinado assunto do conteúdo programático.
Também a escrita de artigos e trabalhos acadêmicos, por exemplo Trabalho de Conclusão de Curso e Trabalho de Graduação Interdisciplinar, que favorecem a formação do aluno, envolvendo-o na pesquisa com o gosto para certo assunto de seu interesse.
Assim, relevante conciliar a teoria com a prática e, com isso, estimular o aluno nas atividades acadêmicas.
Avaliação do Aluno
"A avaliação adequadamente conduzida deve ser uma abordagem diagnóstica do desempenho do aluno, levantando aspectos positivos e negativos sempre com vistas à orientação das ações de estudo e aprendizagem".
Modalidades de Avaliação
1) trabalhos escritos; 2) exercícios de reflexão; 3) relatórios de leituras; 4) elaboração de resumos; 5) de resenhas; 6) relatórios de pesquisa; 7) seminários; 8) provas; 9) fichamentos.
Reflexão Breve sobre o Ensino
A revista Época, de 30 de outubro de 2016, traz como reportagem de capa: "O Mestre que Muda Vidas".
Com efeito, um bom professor influencia a vida de seus alunos.
Nesse sentido, "O maior estudo já feito confirma que um bom professor é o fator decisivo para o sucesso ou o fracasso dos cidadãos. Muitos países já perceberam isso. O Brasil, ainda não".
É preciso, assim, investir desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, passando por cursos técnicos e profissionalizantes.
Coréia e Japão, nos anos 1960, perceberam isso, investiam em educação do povo e, hoje, se encontram em avançado estágio de desenvolvimento.
Referência