quarta-feira, 26 de julho de 2023

Guia | Leitura Dinâmica



Leitura dinâmica: 8 dicas para dominar essa habilidade! (Saiba mais)


3 técnicas de leitura dinâmica para ler mais rápido (Saiba mais)


Leitura dinâmica: aprenda a usar nos estudos para concurso público (Saiba mais)


Quais são os tipos de leitura dinâmica? (Saiba mais)

10 Mitos e verdades sobre leitura dinâmica (Saiba mais)

terça-feira, 29 de março de 2022

Umberto Eco | Como se Faz uma Tese


Fazer uma tese, uma monografia ou trabalho de conclusão de curso deve ser uma aventura, um exercício capaz de revelar para nós mesmos uma capacidade de criação e de descoberta de conhecimento latentes que talvez não imaginássemos que poderíamos carregar e gestar na formulação de um texto, a partir de regras básicas de estutura. Pode ser exaustivo, mas não pode deixar de ser gratificante. E, se possível, divertido. Um livro incrivelmente atual, porque ensina fundamentalmente que pesquisar e pensar com rigor pode ser muito estimulante. 'Fazer uma tese significa divertir-se, e a tese é como um porco: nada se desperdiça.' Neste livro, você tem um guia, um manual para estruturar e construir sua tese ou monografia, a partir de qualquer tema, com um método claro e fácil de entender.

+++

7. Conclusões

Na íntegra - Págs. 160 e 170.

Gostaria de concluir com duas observações: fazer uma tese significa divertir-se, e a tese é como porco: nada se desperdiça.

Quem quer que, sem prática de pesquisa e temeroso da tese que não saiba como fazer, tenha lido este livro, pode ficar aterrorizado. Quantas regras, quantas instruções. Impossível sair são e salvo...

E, no entanto, a verdade é bem outra. Para ser exaustivo, tive de supor um leitor totalmente desprovido de tudo, mas cada um de vocês, lendo algum livro, já se apossou de muitas das técnicas de que se falou. Meu livro serviu, não obstante, para recordar todas elas, para trazer à luz da consciência aquilo que muitos de vocês já haviam absorvido sem se dar conta disso. Mesmo um motorista, quando começa a refletir sobre seus próprios gestos, se dá conta de ser uma máquina prodigiosa que em frações de segundo toma decisões de importância vital sem se permitir qualquer erro. No entanto, quase todo mundo sabe dirigir um automóvel, e o número razoável de pessoas que morrem de acidentes na estrada nos diz que a grande maioria consegue sair viva.

Umberto Eco  
Foto: Wikipédia
O importante é fazer as coisas com gosto. E se escolheu um tema que lhe interessa, se decidiu dedicar realmente à tese o período, mesmo curto, que lhe foi prefixado (sugerimos um limite mínimo de seis meses), verá agora que a tese pode ser vivida como um jogo, como uma aposta, como uma caça ao tesouro.

Há uma satisfação esportiva em dar caça a um texto que não se encontra, há uma satisfação de charadista em encontrar, após muito refletir, a solução de um problema que parecia insolúvel.

Viva a tese como um desafio. O desafiante é você: foi-lhe feita no início uma pergunta a que você ainda não sabia responder. Trata-se de encontrar a solução em um número finito de lances. Às vezes a tese pode ser vivida como uma partida a dois: o autor que você escolheu não quer confiar-lhe o seu segredo, terá de assediá-lo, de interrogá-lo com delicadeza, de fazê-lo dizer aquilo que ele não queria dizer mas que terá de dizer. Às vezes a tese é um puzzle. você dispõe de todas as peças, cumpre fazê-las entrar em seu devido lugar.

Se jogar a partida com gosto pela contenda, fará uma boa tese. Se partir já com a idéia de que se trata de um ritual sem importância e destituído de interesse, estará derrotado de saída. Neste ponto, já o disse no início (e não mo obrigue a repetir porque é que é ilegal), encomende sua tese, copie-a, mas não arruíne sua vida nem a de quem irá ajudá-lo e lê-lo.

Se fez a tese com gosto, há de querer continuá-la. Comumente, quando se trabalha numa tese só se pensa no momento em que ela estará terminada: sonha-se com as férias que se seguirão. Mas se o trabalho for bem feito, o fenômeno normal, após a tese, é a irrupção de um grande frenesi de trabalho. Quer-se aprofundar todos os pontos que ficaram em suspenso, ir no encalço das idéias que nos vieram à mente mas que se teve de suprimir, ler outros livros, escrever ensaios E isto é sinal de que a tese ativou o seu metabolismo intelectual, que foi uma experiência positiva. É sinal, também, de que já se é vítima de uma coação no sentido de pesquisar, à maneira de Chaplin em Tempos Modernos, que continuava a apertar para fusos mesmo depois do trabalho: e será preciso um esforço para se refrear.

Foto: Pixabay
Mas, uma vez refreado, pode suceder que descubra ter uma vocação para a pesquisa, que a tese não era apenas o instrumento para se formar e a formatura o instrumento para subir um degrau nas funções estatais ou para contentar os pais. E não quer isso dizer que continuar a pesquisar signifique engregar-se à carreira universitária, esperar um contrato, renunciar a um trabalho imediato. Pode-se dedicar um tempo razoável à pesquisa mesmo exercendo uma profissão, sem pretender obter um cargo universitário. Mesmo um bom profissional deve continuar a estudar.

Se, de qualquer forma, se dedicar a pesquisa, descobrirá que uma tese bem feita é um produto de que se aproveita tudo. Como primeira utilização você extrairá dela um ou vários artigos científicos ou mesmo um livro (com alguns aperfeiçoamentos). Mas com o correr do tempo voltará à tese para tirar dela material de citação, reutilizará as fichas de leitura usando partes que porventura não tenham entrado na redação final do primeiro trabalho; as partes que eram secundárias na tese surgirão como início de novos estudos... Pode mesmo suceder que você volte à sua tese dez anos depois. Porque ela ficará como o primeiro amor, e ser-lhe-á difícil esquecê-la. No fundo, será esta a primeira vez que você fez um trabalho científico sério e rigoroso, e isto não é experiência de somenos importância.


sexta-feira, 16 de julho de 2021

Currículo Lattes - Nova Plataforma | Por que não num formato como LinkedIn e Academia.Edu?

Nós todos, discentes e professores universitários, temos de preencher o currículo lattes, com nossos dados acadêmicos. Não raras vezes, alguns delegam essa atividade hercúlea a terceiros. Por quê? Porque a forma de preenchimento das informações não é fácil e atrativa. Proponho, assim, uma nova plataforma eletrônica. Um site no estilo LinkedIn e Academia Edu., que permita e facilite não só o preenchimento dos dados, mas também a sua disposição e forma de nos relacionarmos com outros pesquisadores, além de compartilhamos nossas publicações. Fica a dica!

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

LINKs e FONTEs Úteis p/ Pesquisas

A seguir, uma seleção realizada por mim. Espero ajudar a coletar dados relevantes para sua pesquisa. Dados e Informações importantes para o seu TCC, TGI, Monografia, Dissertação ou Tese. Aproveite! Bons estudos!


Open Book, Library, Education, Read

Jornais, Sites & Revistas

Bibliotecas Virtuais

Dicionários & Enciclopédias

 ONU (Organização das Nações Unidas)

PNUD Brasil

OMS (Organização Mundial da Saúde)

UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)

OIT (Organização Internacional do Trabalho)

FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura)

OMC (Organização Mundial do Comércio)

OEA (Organização dos Estados Americanos)

ALADI (Associação Latino-Americana de Integração) 

Banco Mundial 

Novo Banco de Desenvolvimento

Banco Central do Brasil 

BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento)

OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

Ministério da Cidadania

Ministério da Saúde

Instituto Butantan

Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz)

MEC (Ministério da Educação)

Ministério da Economia  

Ministério do Meio Ambiente

IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente)

Fundação Palmares

Green Peace Brasil

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)

INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica)

BNCC (Base Nacional Comum Curricular)

Fundação Lemann

Todos pela Educação

Instituto Ayrton Senna  

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial

 

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Vida Docente Universitária

Bag, Book, Fashion, Man, Pants, Satchel
No mundo universitário, a aprendizagem e a docência, somente "serão significativas se forem sustentadas por uma permanente atividade de construção do conhecimento". Igualmente, o aluno e o professor necessitam de pesquisa para bem remar um ensino eficaz.

Porém, igualmente, tal qual o caso do aprendiz, "não se trata de transformar o professor no pesquisador especializado, como se fosse membro de uma equipe de um instituto de pesquisa, mas de praticar a docência mediante uma postura investigativa".


"Tudo aquilo de que ele vai se utilizar para a condução do processo pedagógico deve derivar de uma contínua atividade de busca".

Tal premissa se origina de duas fusões. Antes, "quem lida com processos e produtos do conhecimento precisa ficar em permanente situação de estudo, pois o conhecimento é uma atividade histórica, que se encontra em contínuo dever, e o mínimo que se exige de um professor é que ele acompanhe o desenvolvimento do saber de sua área; mas além disso, impõe-se a postura investigativa porque o conhecimento é um processo de construção dos objetos, ou seja, todos os produtos do conhecimento são consequências de processos de produção destes, processo que precisa ser refeito, sem o que não ocorre apropriação, o que se reforça pelas exigências da situação pedagógica de aprendizagem".

Severino, adiante, também expõe:

"São dois os motivos pelos quais o professor precisa manter-se envolvido com a pesquisa: primeiro, para acompanhar o desenvolvimento histórico do conhecimento; segundo, porque o conhecimento só se realiza como construção de objetos".

Planejando o Ensino

Da mesma forma, Severino sintetiza:

"A programação da disciplina deve conter os seguintes elementos: justificativa, objetivos, conteúdos temáticos, metodologia de trabalho, avaliação, leituras complementares e cronograma".

Isto é, por exemplo:

1) Justificativa;
2) Objetivos;
3) Conteúdos Temáticos;
4) Metodologia de Trabalho;
5) Avaliação;
6) Leituras Complementares;
7) Cronograma.

Envolvendo o Aluno

No mundo acadêmico, não é aconselhável lecionar aulas apenas expositivas. É preciso também efetuar atividades práticas, por exemplo, seminários, exercícios práticos e pesquisas sobre determinado assunto do conteúdo programático.

Também a escrita de artigos e trabalhos acadêmicos, por exemplo Trabalho de Conclusão de Curso e Trabalho de Graduação Interdisciplinar, que favorecem a formação do aluno, envolvendo-o na pesquisa com o gosto para certo assunto de seu interesse.

Assim, relevante conciliar a teoria com a prática e, com isso, estimular o aluno nas atividades acadêmicas.

Avaliação do Aluno

"A avaliação adequadamente conduzida deve ser uma abordagem diagnóstica do desempenho do aluno, levantando aspectos positivos e negativos sempre com vistas à orientação das ações de estudo e aprendizagem".

Modalidades de Avaliação

1) trabalhos escritos; 2) exercícios de reflexão; 3) relatórios de leituras; 4) elaboração de resumos; 5) de resenhas; 6) relatórios de pesquisa; 7) seminários; 8) provas; 9) fichamentos.

Reflexão Breve sobre o Ensino

A revista Época, de 30 de outubro de 2016, traz como reportagem de capa: "O Mestre que Muda Vidas".

Com efeito, um bom professor influencia a vida de seus alunos.

Nesse sentido, "O maior estudo já feito confirma que um bom professor é o fator decisivo para o sucesso ou o fracasso dos cidadãos. Muitos países já perceberam isso. O Brasil, ainda não".

É preciso, assim, investir desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, passando por cursos técnicos e profissionalizantes.

Coréia e Japão, nos anos 1960, perceberam isso, investiam em educação do povo e, hoje, se encontram em avançado estágio de desenvolvimento.

Referência

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 24a. edição. São Paulo: Cortez, 2016.